segunda-feira, 2 de maio de 2011

DICAS SOBRE SAÚDE E ALGO MAIS…

CHEGOU A PRIMAVERA!

No ano anterior descrevi algumas dicas sobre as alergias aos poleneos.e gramineas.é bom relembrar as precauções com as mesmas para aproveitarmos ao máximo o sol e a natureza nesta linda e quente primavera!

Muitas civilizações antigas festejavam a chegada da primavera com danças e rituais. Entre nós esse costume não existe, mas creio que haverá povos que ainda o fazem…

É na primavera que várias espécies de plantas e árvores florescem tornando a natureza bela, colorida e perfumada. (mas foi necessário o inverno! Tal como acontece connosco que ficamos nessa altura mais sombrios, deprimidos, e fechados. Aguardando ansiosamente esta época! Aqui está ela! Para a aproveitarmos da melhor maneira …

Vamos então se passível aproveitar a ocasião para cultivar plantas, jardinar. Porque as plantas alem de decorar o ambiente, purificam o ar.O contacto com elas, ajuda a eliminar o stress e o desânimo. Claro que existem pessoas que são alérgicas aos poleneos.é nesta época que surge a rinite alérgica com os sintomas: de nariz entupido, espirros, coceira no nariz e olhos, etc. Daí os cuidados a ter para evitar o contacto com as substâncias às quais a pessoa é alérgica, (os chamados alergénios) e outras causas, como já foi referido nas dicas anteriores. Para as pessoas alérgicas ao pó da casa as plantas reduzem a presença do pó no ar e aumentam a humidade. Aproveitar mos para fazer as caminhadas a pé ao campo ou a beira – mar. Andar descalço na relva (se a pessoa não é sensível aos poleneos, ou areia, estimula os reflexos nos pés e por isso estimula a circulação de energia pelo corpo libertando estados de tenção, stress, (ouvir o som da natureza, o canto dos pássaros. O contacto com a mãe natureza que nos alimenta! É muito benéfico para a saúde física e mental. Tendo o cuidado em usar chapéu, óculos escuros e beber abundantes líquidos, em especial água. Quinze minutos de sol diários (enquanto não é muito forte vai ajudar o organismo a produzir a tão importante vitamina a, a imunidade e prevenção de doenças. Porque em excesso como foi referido numa descrição anterior pode ter consequências graves…

Época esta importante para intensificar o consumo de frutas e legumes que nesta ocasião é mais abundante e a preço mais acessível. Aqui vão algumas sugestões: do portal banco da saúde viva melhor) tais como: beterraba: rica em ferro vt.a, c b potássio, sódio zinco e outros, podendo ajudar nos casos de anemia, ajuda a regular o intestino por ter efeito laxante. (boa em sumo, salada, em cozinhados.)

A cenoura: rica em á e minerais, como fósforo, cloro, cálcio, etc. (como nos dizia: as nossas avós fazem os olhos bonitos…então lá comíamos a cenoura crua) sim, fazem bem aos olhos, pele e mucosas. Também, saborosa em sumo, e como sabemos em tudo que é cozinhado…

Beringela: acredita-se que tem poder anti-inflamatório e ajudar a diminuir o colesterol, e nas doenças reumáticas. Porque rica em cálcio, ferro e outros.

Abóbora: vt.Do complexo b, fósforo, cálcio, etc. Importante para a construção muscular e coagulação sanguínea. Os frutos. Actualmente existe todo o ano grande variedade deles…como a laranja, rica na vt c. Os morangos: fruto desta época. Ricos em ferro e vs. C e b5. (como sabemos óptimos em batidos, gelados e salada). E para ajudar a prevenir doenças e aumentar a imunidade não esquecer a alimentação mais cuidada, e equilibrada, dando se possível importância há os alimentos com mais fibras e integrais, o exercício físico, (para quem for aconselhado) sobretudo quem deseja perder peso antes do verão para não o fazer de modo repentino e sem problemas para o bom equilíbrio do organismo. Como vemos: a natureza tem tanta coisa maravilhosa ao nosso dispor! Compete a nós tirar partido dela, cada um da maneira mais agradável possível…

Maria Elisa Dantas (Enf.)

LENDAS PORTUGUESAS

Caros leitores o diálogo que é a mesma coisa que uma boa cavaqueira, foi e será sempre o modo mais simpático da descoberta e do bom entendimento para um indiscreto (como eu) muito melhor.

É com o povo que em alguns modos de contar historietas (algumas de grande importância) enriquecem a nossa arca de recordações. Tudo isto vem a propósito das lendas, que por vezes nos contam das suas terras, algumas bem divertidas, amenas mas enigmáticas e outras que nos deixam quase crentes com a discrição. Pesquisar estas narrativas é maravilhoso! Aquela que já fiz menção numa crónica e que me foi contada por uma residente em S.Torcato (Guimarães) sobre o que lhe aconteceu com São Torcato, Santo glorioso martirizado e que se encontra exposto no glorioso Templo, é um exemplo a respeitar.

Exposto este preâmbulo gostaria de levar ao vosso conhecimento a lenda de Montemor-o-Novo, a linda cidade Alentejana que é nosso Concelho, extraída de lendas de Portugal e contada em verso pelo grande poeta Alentejano Conde de Monsaraz. Esta lenda das arcas fala da pobreza Alentejana, naquela época, e não fala o autor Funestador de tão funesta lenda esquecendo-se de acrescentar os bons sentimentos dos Alentejanos, trabalhadores e lutadores por uma vida melhor, evidentes e a grandeza da sua alma que será eterna.

José J.Fadista Simões

A LENDA DE MONTEMOR-O-NOVO

AS DUAS ARCAS

O Conde de Monsaraz, poeta alentejano,

Assim pôs em verso a lenda das arcas:

Entre escombros na natureza

De vetuza fortaleza,

Batidas de vento agreste,

Empedemidas, cerradas, há duas arcas pejadas,

Uma de ouro outra de peste.

Ninguém sabe ao certo qual

Das duas arcas encerra,

O fecundo manancial

Que fartará de ouro a terra

Mesquinha de Portugal;

Ou qual, se não imprudente

Lhe erguer a tampa funérea Vomitará de repente A fome, a febre, a miséria, que matará toda a gente.

Sempre que o povo faminto,

Maltrapilho e miserando,

Fosse ele Cristão ou moiro,

Entrou no tosco recinto

Para salvar-se arrombando

A arca pejada de oiro,

Quedou-se os braços erguidos.

O olhar atónito e errante,

Sem atinar de que lado

Vinha morrer-lhe aos ouvidos

Uma voz agonizante

Entre ameaças e gemidos:

«Ó povo de Montemor,

Se estás mal, se és desgraçado.

Suspende toma cuidado.

Que podes ficar pior!»?

E nestas perplexidades

E eternas hesitações

Hão-de passar as idades,

Suceder-se às gerações

E continuar na rudeza,

Batidas de vento agreste.

Empedemidas, cerradas,

As duas arcas pejadas,

Uma de oiro outra de peste.