quarta-feira, 8 de junho de 2011

DESPO RTO

Escouralense termina em quarto lugar no Campeonato da Divisão de Honra do Distrito de Évora

Na última jornada o Grupo Estrela Escouralense recebeu no seu reduto o primeiro classificado Redondense que tinha que vencer para se sagrar campeão, e foi o que aconteceu, o Redondense venceu por um a zero e fez a sua festa de campeão no campo 25 de Abril em Santiago do Escoural, mas o Escouralense lutou até ao fim por outro resultado e pela verdade do futebol , o que não acontece muitas das vezes nos nossos campeonatos. O Estrela Escouralense ficou num honroso quarto lugar na classificação geral, era impossível fazer melhor, pois as equipas que ficaram acima de nós têm outras estruturas, que nós não temos. Para poder gerir o futebol ,a Direcção precisa de arranjar sessenta mil euros por época desportiva e como as ajudas são poucas, só com esforço e trabalho se tem conseguido chegar ao fim de cada época sem dividas, o que não é nada fácil, pois a nossa Terra tem uma população envelhecida e sem condições de emprego para os poucos jovens que por cá estão. Já que as ajudas são poucas, aproveito para lembrar, que está agendado à mais de dez anos pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo fazer-se um polidesportivo, que nos dava muito jeito, pois poderíamos no verão realizar vários eventos desportivos, que nos poderia render alguns euros, mas nada ainda foi feito, apesar ter sido divulgado na rádio e imprensa local que tinha sido aprovado, em reunião de Câmara a verba para se fazer o polidesportivo para Santiago do Escoural, por altura das últimas eleições autárquicas.

Olímpio Rosa

22/05/2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO ESCOURAL REALIZA O IV ENCONTRO DE AMIGOS NA FREGUESIA

IV ENCONTRO DE AMIGOS


DIAS 10 E 11 DE JUNHO DE 2011

NO PAVILHÃO DA ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS UNIDOS PELO ESCOURAL

FESTA DE BENEFICIÊNCIA

10 DE JUNHO DE 2011/SEXTA FEIRA

12.00H-------ABERTURA DO BAR

17.00H-------CORRIDA DE FITAS

19.00H ------ABERTURA DA QUERMESSE 21.30H-------GRUPO CORAL AS ESCOURALENSES

22.00H……..BAILE COM O ACORDEONISTA TIAGO MIGUEL

DIA 11 DE JUNHO DE 2011 /SABADO

11.H -------PASSEIO BTT COM CAÇA AO TESOURO

12.00H------ABERTURA DO BAR

EM HORA À CONSIGNAÇÃO------JOGO DE SETAS E JOGO DO PREGO

1900H-------ABERTURA DA QUERMESSE

22.00H-------CORAL DE SENIORES DE SÃO DOMINGOS

22.00H------BAILE E KARAOKE COM EDUARDO ANES

EMENTA: ENSOPADO

CARNE ESTUFADA

BIFANAS

OUTROS PETISCOS

A organização não se responsabiliza por qualquer incidente decorrido durante o evento

segunda-feira, 2 de maio de 2011

DICAS SOBRE SAÚDE E ALGO MAIS…

CHEGOU A PRIMAVERA!

No ano anterior descrevi algumas dicas sobre as alergias aos poleneos.e gramineas.é bom relembrar as precauções com as mesmas para aproveitarmos ao máximo o sol e a natureza nesta linda e quente primavera!

Muitas civilizações antigas festejavam a chegada da primavera com danças e rituais. Entre nós esse costume não existe, mas creio que haverá povos que ainda o fazem…

É na primavera que várias espécies de plantas e árvores florescem tornando a natureza bela, colorida e perfumada. (mas foi necessário o inverno! Tal como acontece connosco que ficamos nessa altura mais sombrios, deprimidos, e fechados. Aguardando ansiosamente esta época! Aqui está ela! Para a aproveitarmos da melhor maneira …

Vamos então se passível aproveitar a ocasião para cultivar plantas, jardinar. Porque as plantas alem de decorar o ambiente, purificam o ar.O contacto com elas, ajuda a eliminar o stress e o desânimo. Claro que existem pessoas que são alérgicas aos poleneos.é nesta época que surge a rinite alérgica com os sintomas: de nariz entupido, espirros, coceira no nariz e olhos, etc. Daí os cuidados a ter para evitar o contacto com as substâncias às quais a pessoa é alérgica, (os chamados alergénios) e outras causas, como já foi referido nas dicas anteriores. Para as pessoas alérgicas ao pó da casa as plantas reduzem a presença do pó no ar e aumentam a humidade. Aproveitar mos para fazer as caminhadas a pé ao campo ou a beira – mar. Andar descalço na relva (se a pessoa não é sensível aos poleneos, ou areia, estimula os reflexos nos pés e por isso estimula a circulação de energia pelo corpo libertando estados de tenção, stress, (ouvir o som da natureza, o canto dos pássaros. O contacto com a mãe natureza que nos alimenta! É muito benéfico para a saúde física e mental. Tendo o cuidado em usar chapéu, óculos escuros e beber abundantes líquidos, em especial água. Quinze minutos de sol diários (enquanto não é muito forte vai ajudar o organismo a produzir a tão importante vitamina a, a imunidade e prevenção de doenças. Porque em excesso como foi referido numa descrição anterior pode ter consequências graves…

Época esta importante para intensificar o consumo de frutas e legumes que nesta ocasião é mais abundante e a preço mais acessível. Aqui vão algumas sugestões: do portal banco da saúde viva melhor) tais como: beterraba: rica em ferro vt.a, c b potássio, sódio zinco e outros, podendo ajudar nos casos de anemia, ajuda a regular o intestino por ter efeito laxante. (boa em sumo, salada, em cozinhados.)

A cenoura: rica em á e minerais, como fósforo, cloro, cálcio, etc. (como nos dizia: as nossas avós fazem os olhos bonitos…então lá comíamos a cenoura crua) sim, fazem bem aos olhos, pele e mucosas. Também, saborosa em sumo, e como sabemos em tudo que é cozinhado…

Beringela: acredita-se que tem poder anti-inflamatório e ajudar a diminuir o colesterol, e nas doenças reumáticas. Porque rica em cálcio, ferro e outros.

Abóbora: vt.Do complexo b, fósforo, cálcio, etc. Importante para a construção muscular e coagulação sanguínea. Os frutos. Actualmente existe todo o ano grande variedade deles…como a laranja, rica na vt c. Os morangos: fruto desta época. Ricos em ferro e vs. C e b5. (como sabemos óptimos em batidos, gelados e salada). E para ajudar a prevenir doenças e aumentar a imunidade não esquecer a alimentação mais cuidada, e equilibrada, dando se possível importância há os alimentos com mais fibras e integrais, o exercício físico, (para quem for aconselhado) sobretudo quem deseja perder peso antes do verão para não o fazer de modo repentino e sem problemas para o bom equilíbrio do organismo. Como vemos: a natureza tem tanta coisa maravilhosa ao nosso dispor! Compete a nós tirar partido dela, cada um da maneira mais agradável possível…

Maria Elisa Dantas (Enf.)

LENDAS PORTUGUESAS

Caros leitores o diálogo que é a mesma coisa que uma boa cavaqueira, foi e será sempre o modo mais simpático da descoberta e do bom entendimento para um indiscreto (como eu) muito melhor.

É com o povo que em alguns modos de contar historietas (algumas de grande importância) enriquecem a nossa arca de recordações. Tudo isto vem a propósito das lendas, que por vezes nos contam das suas terras, algumas bem divertidas, amenas mas enigmáticas e outras que nos deixam quase crentes com a discrição. Pesquisar estas narrativas é maravilhoso! Aquela que já fiz menção numa crónica e que me foi contada por uma residente em S.Torcato (Guimarães) sobre o que lhe aconteceu com São Torcato, Santo glorioso martirizado e que se encontra exposto no glorioso Templo, é um exemplo a respeitar.

Exposto este preâmbulo gostaria de levar ao vosso conhecimento a lenda de Montemor-o-Novo, a linda cidade Alentejana que é nosso Concelho, extraída de lendas de Portugal e contada em verso pelo grande poeta Alentejano Conde de Monsaraz. Esta lenda das arcas fala da pobreza Alentejana, naquela época, e não fala o autor Funestador de tão funesta lenda esquecendo-se de acrescentar os bons sentimentos dos Alentejanos, trabalhadores e lutadores por uma vida melhor, evidentes e a grandeza da sua alma que será eterna.

José J.Fadista Simões

A LENDA DE MONTEMOR-O-NOVO

AS DUAS ARCAS

O Conde de Monsaraz, poeta alentejano,

Assim pôs em verso a lenda das arcas:

Entre escombros na natureza

De vetuza fortaleza,

Batidas de vento agreste,

Empedemidas, cerradas, há duas arcas pejadas,

Uma de ouro outra de peste.

Ninguém sabe ao certo qual

Das duas arcas encerra,

O fecundo manancial

Que fartará de ouro a terra

Mesquinha de Portugal;

Ou qual, se não imprudente

Lhe erguer a tampa funérea Vomitará de repente A fome, a febre, a miséria, que matará toda a gente.

Sempre que o povo faminto,

Maltrapilho e miserando,

Fosse ele Cristão ou moiro,

Entrou no tosco recinto

Para salvar-se arrombando

A arca pejada de oiro,

Quedou-se os braços erguidos.

O olhar atónito e errante,

Sem atinar de que lado

Vinha morrer-lhe aos ouvidos

Uma voz agonizante

Entre ameaças e gemidos:

«Ó povo de Montemor,

Se estás mal, se és desgraçado.

Suspende toma cuidado.

Que podes ficar pior!»?

E nestas perplexidades

E eternas hesitações

Hão-de passar as idades,

Suceder-se às gerações

E continuar na rudeza,

Batidas de vento agreste.

Empedemidas, cerradas,

As duas arcas pejadas,

Uma de oiro outra de peste.

segunda-feira, 25 de abril de 2011


Memórias da Nossa Terra


António Maria e a sua extraordinária exposição na rua António José de Almeida em Santiago do Escoural.

Muitas são as memórias da nossa terra. Desta vez batemos à porta do nosso querido amigo e conterrâneo António Maria Jorge que é um Escouralense dedicado à sua Terra e pedimos-lhe que nos falasse da sua arte e das suas memórias.

António, é natural da freguesia de Santiago do Escoural, frequentou a escola primária onde concluiu o exame da 4ªclasse.

M.E.Sr. António seu pai era abegão; o que fazia um abegão?

A.M.-O meu pai fazia todos os utensílios de lavoura, desde a charrete, à aranha (transporte para duas pessoas), carros e carretas para transporte das sementeiras puxadas por mulas ou bois.

M.E.- Aprendeu essa arte com seu pai?

A.M.- Não, eu ajudava o meu pai sempre que podia, mas não segui a vida de abegão. Sai da escola com 12 anos e fui desmoitar sargaços com a minha mãe, acompanhei-a durante muito tempo nos trabalhos do campo. Um dia o Sabino pediu ao meu pai para me deixar ir fazer-lhe umas portas. O meu pai, mostrou-se receoso com tamanha responsabilidade, mas autorizou e terminei o trabalho com sucesso. Depois deste trabalho outras pessoas pediram os meus serviços, e foi assim que iniciei a minha vida de carpinteiro.

Como todos os jovens eu ambicionava seguir melhor destino e fui trabalhar para o caminho-de-ferro. Não fiquei lá por muito tempo, fecharam a cantina e fiquei sem ter onde fazer as refeições, não gostava de andar com o almoço às costas, e desisti. Decidi então dedicar-me à carpintaria a cem por cento. O marido da minha prima Lucinda Pisco O (Francisco Santos) tinha uma oficina, e já estava aposentado propus-lhe o seguinte negócio: eu trabalhava na oficina e dava-lhe uma percentagem sobre as obras que fazia.

Trabalhei nestas condições durante 2 anos.

Na mesma rua, o Chico Santos tinha uma casa para alugar, pedi-lhe que ma alugasse e fui trabalhar por conta própria. Aceitava todos os trabalhos que apareciam. O trabalho era tanto que tinha vários aprendizes. Naquela altura a moda era os reposteiros para as portas. Fizemos imensos.

Depois mudei a oficina para a Rua António José de Almeida, e ali também comecei a vender mobílias Também aceitei a representação de uma agência funerária e passei a fazer os funerais da Freguesia.

M.E.-O Sr. tinha uma sociedade com o seu irmão Jorge?

A-M.-Sim trabalhámos muitos anos juntos, a nossa firma tinha o nome dos (Alcobacinhas), mas passámos a ser conhecidos pelos irmãos (Marias).

Uns anos depois voltámos a fazer outra sociedade, passámos a oficina para a Rua Bernardino Machado e os novos sócios eram o António José Boleto e o Mário Canelas.

Foi dali que me aposentei.

M.E.- Então podemos dizer que encerrou aqui um ciclo da sua vida?

A.M.- Não foi bem assim, porque muitos clientes ainda me contactavam, e acabei por trabalhar algum tempo como empregado dos meus ex-sócios.

M.E- Os Marias eram muito alegres e brincalhões. Quer falar-nos desses momentos?

A.M, Naquele tempo qualquer coisa nos servia para fazer musica, tinhamos uma viola velha e os garfos e os pratos também serviam para fazer barulho. Tínhamos uma tipóia e faziam-se grandes paródias, que acabavam sempre em festa rija. Na nossa terra brincávamos muito. Formámos um grupo de amigos que se chamava (Os Unidos). Éramos 10 casais, fazíamos grandes pescarias e pelo Carnaval juntávamo-nos e fazíamos animadas brincadeiras nas ruas. As pessoas vinham todas à porta para nos verem passar.

Era tradicional no carnaval ter-se a mesa posta durante os dias de carnaval com o guisadinho de peru, o paio, e mais qualquer coisita que se pudesse arranjar, e muitos nos convidavam a entrar para tirar um petisco. Eram grandes momentos de alegria e amizade.

M-E.- Fez parte de um trio musical não foi?

A.M.- Sim era o Trio Falcão. Toquei no grupo dos 18 anos aos 30 e tal, Eu tocava bateria, o meu primo Almerindo Falcão tocava saxofone e o meu primo António Falcão tocava acordion.

Actuamos em muitos conselhos,” nos bailes.” Todos os anos nos contratavam para a festa de Santa Susana.

Íamos de bicicleta a podais até são Cristóvão e de carroça até à Caeirinha onde nos esperava um barco para atravessar o rio. Passávamos lá dois dias. Não tínhamos vocalista, era só música, mas as pessoas adoravam o Trio Falcão e solicitavam-nos. Sempre gostei de musica mas não aprendi com ninguém. Recordo-me de andar à mão do meu pai pelos meus 4 ou 5 anos atrás da Banda de Musica Escouralense, e já sonhava ser musico como eles. Tenho um acordion, continuo-o a ser o músico da terra, mesmo sem saber tocar a preceito. Colaboro com todos os que me solicitam - a Associação dos Amigos do Escoural, a Sociedade Recreativa, a Associação de Caçadores, a Associação de Reformados o Grupo Desportivo Escouralense, as escolas, e a Igreja.

Na Igreja sou eu que faço os andores para as procissões, e este ano também fiz o trono para os Reis do baile da pinha, que se realizou na Sociedade Recreativa Escouralense, no passado dia 9 de Abril.

M.E.- Mas o Sr. também tem muito talento como artesão.

A.M.-A minha imaginação nunca pára, estou sempre a pensar fazer alguma coisa. Sei que há fotografias das minhas obras na internet, mas não sou eu que as divulgo. São as pessoas que as apreciam e as colocam lá. Fico muito admirado quando alguém que eu não conheço me bate à porta solicitando os meus serviços. Acabei agora de fazer 150 cajadas para uma Universidade. Não faço disto um trabalho. Muitas das minhas obras até as ofereço a pessoas amigas.

M.E-O Sr. António tem muitas peças de Artesanato feitas e todas elas estão ligadas à cultura do Povo Escouralense. Nunca pensou fazer uma exposição dos seus trabalhos?

A.M. -Até gostava, mas como sabe tenho uma pequena dependência da minha casa onde exponho alguns dos meus trabalhos. A porta está sempre aberta e há sempre alguém de passagem que os aprecia, tiram fotografias e trocam algumas impressões comigo. É claro que sinto orgulho pelo meu trabalho.

M.E.-O Grupo de “Os Unidos”ainda existe?

A.M.- Ainda mantenho a tipóia, e fazemos lá uns petiscos de vez em quando. A tradição do cozido no dia do carnaval e a passagem de anos ainda se mantêm. Este ano juntei 32 pessoas na passagem de ano, mas a malta já não é tão animada como antigamente.

M.E.- Terminámos esta nossa conversa reafirmando e sublinhando a imagem de um NOTÁVEL Escouralense António Maria Jorge


2º.ENCONTRO AMIGOS ESCOURALENSES

Cumpriu-se com êxito o 2º. Encontro Anual Amigos Escouralenses no passado dia 16 de Abril. Este encontro cuja divulgação é feita por passagem de informação entre os amigos, teve mais uma vez uma aderência muito razoável, tendo-se, e a exemplo do ano anterior, incluído um jogo de futebol com intervenção de antigos jogadores, dirigentes e apoiantes do Estrela Escouralense, e respectivos filhos, onde se verificou um resultado onde a amizade e convívio deram uma abada a qualquer outro intuito que não esse.

De notar o precioso contributo do Sr.José Justo como árbitro da partida, bem assim a presença de craques internacionais, não só do Escoural, mas também de Montemor, Évora, Oeiras, Baixa da Banheira, Lisboa, S.Tomé e Príncipe e Cabo Verde. Só não tivemos Chineses, pela impossibilidade de contacto com Paulo Futre.

Claro que, como seria obrigatório, tivemos de seguida um almoço de convívio, que também este ano teve lugar na Herdade da Serrinha, cuja gerência está a cargo do Rogério, também ele antigo craque do Estrela Escouralense.

Entretanto e como este evento é divulgado entre os amigos, fica aqui desde já feito o convite para o próximo ano, para quem esteja interessado em estar presente. O nosso encontro realiza-se todos os anos no sábado anterior ao fim-de-semana da Páscoa, e caso na altura não saibam a quem pedir informações sobre o assunto, basta procurarem aquele puto que antigamente vinha da Baixa da Banheira para dar uns frangos, a quem chamam de Vítor Rangel. Conhecem, não conhecem ?

Para todos Aquele Abraço, e até para o ano.

VITOR RANGEL