quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

DICA SOBRE SAÚDE E ALGO MAIS...

SIDA

Na continuação da dica anterior em que foi abordado as Hepatites, nesta dica o tema é sobre uma doença que apesar da muita informação sobre esta infecção contínua aumentar o número de infectados (Síndrome da Imunidade Adquirida) Tornando-se num grave problema de Saúde Publica a Nível Internacional, em 1992 já estavam infectados cerca de 10 milhões de pessoas. Em Portugal a taxa de novos casos de infectados são os maiores da Europa. Inicialmente pensava-se que só afectava os toxicodependentes e homossexuais mas tal não correspondia á realidade, actualmente é entre os heterossexuais que o número é mais elevado. Abordar este assunto é ainda muito assustador para muita gente, pelo que não surpreende que haja ainda muita descriminação com as pessoas infectadas apesar dos meios de contágio serem divulgados, nos meios na comunicação social e não só… (Segundo a presidente da Abraço apesar do que tem sido feito para combater o estigma ainda não é suficiente...) Ao serem marginalizados os doentes ficam sós, deprimidos e abandonam o tratamento. Passados tantos anos desde o inicio da doença as pessoas esquecem a prevenção. Tornou-se causa de morte de jovens entre os 25 e 35 anos. Como ainda não há vacina só a prevenção é o meio mais eficaz de evitar a transmissão, devendo -se apostar na prevenção junto dos jovens e até nos mais idosos já que o número de casos nesta faixa etária tem aumentado.

A infecção pelo HIV como é do conhecimento geral é uma doença sexualmente transmissível. Diagnosticada por análises ao sangue. As primeiras análises podem dar resultados negativos se o contágio for recente pelo que devem ser repetidas 4 semanas a 3 meses mas pode levar um ano entre a infecção e o desenvolvimento de um anticorpo. Existem 2 tipos de vírus o VIH1 eVIH2 o vírus infecta e multiplica-se dentro dos linfócitosT4. Depois da fase aguda embora os vírus exista no organismo dos seropositivos podem viver muito tempo até anos em que não apresentam sintomas. Numa fase mais evoluída da doença designa-se por Sida e surgem as chamadas infecções oportunistas.

Como foi referido acima só a prevenção pode ajudar. Como? Informando as camadas mais jovens e até as crianças quando estas fazem perguntas sobre o assunto, como a sexualidade está presente na vida das pessoas quanto mais cedo chegar a informação melhor, ter conhecimento não significa começar cedo a ter contacto sexual… aqui os pais e educadores tem um papel activo importante. Fazer lhes entender que o afecto e amor são importantes na vida, mas as relações sexuais tem riscos quando não protegidas...

Como é transmissível?’: Nas relações sexuais sem preservativo, através do sémen, fluidos vaginais. Pelo sangue da pessoa infectada se em contacto com ferida. Evitar a troca de parceiros. Para evitar a propagação da infecção, bem como outras doenças sexualmente transmissíveis.

Através do parto e leite materno se a mãe está infectada (mas em geral a criança pode ficar negativa passado alguns meses).

Partilha de seringas infectadas nas administrações de drogas, utensílios e objectos de uso pessoal não devidamente esterilizados. Pelo que não devem ser partilhados (tal como foi referido nas Hepatites…) Nas transfusões de sangue os riscos são nulos porque são feitas análises a todos os dadores.)

COMO NÃO SE TRANSMITE? Vírus não se transmite pelo ar, nem pela pele se esta não tiver ferida ou corte. Nem pelo beijo, nem pelo abraço aperto de mão. Nem pelos sanitários, louças, roupas, utensílios, alimentos, água, picadas de insectos ou outros animais, ou outro qualquer meio que não envolva sangue ou fluidos, como acima referido, porque o vírus é frágil e não sobrevive muito tempo fora do corpo. O VIH pode encontrar-se na saliva, suor ou lágrimas, mas a quantidade é demasiado pequena para transmitir a infecção.

Então não há que ter receio no contacto social, no trabalho ou no escolar apenas evitar os comportamentos de risco. Porque a pessoa infectada pode levar uma vida normal, ter um relacionamento sexual, afectivo, desde que se proteja a si e ao parceiro. Se possível ter uma boa alimentação, tomar correctamente a medicação prescrita pelo médico. Pelo que estar infectado não significa estar condenado á morte. Hoje graças ao tratamento e terapias é possível viver com o VIH, tal como uma doença crónica (apesar de não haver cura pode viver longos anos…)

Elisa Dantas (enf.)

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